Especialistas reconhecem propriedades medicinais no consumo da bebida, mas também alertam para outros riscos que a ingestão em excesso pode provocar.
Ele é o companheiro de muitas pessoas do sul do país desde o começo do dia. Para outros, é indispensável no finalzinho da tarde. Na aula ou no trabalho, em casa ou no parque, sozinho ou entre amigos, o chimarrão está presente na rotina de muitas pessoas. O mate, que é originário dos povos indígenas, foi adotado como a bebida mais tradicional dos gaúchos e também dos vizinhos além fronteiras.
Muitas pessoas não vivem sem o chimarrão. Mas será que o consumo realmente faz bem?
A resposta divide especialistas, que reconhecem propriedades medicinais no consumo do chá, mas também alertam para outros riscos que a ingestão em excesso pode provocar. Por isso, é sempre importante ter cuidado e pensar na saúde. Para quem não vive sem, é preciso seguir alguns conselhos para evitar ter de largar de mão o companheiro de todos os dias.
A Ilex paraguariensis, o ingrediente da erva-mate usada para o chimarrão, é um estimulante, tanto mental quanto muscular. Por isso, muitas pessoas trocam o café pelo amargo. A nutricionista Maristela Resch Lopes explica que o chimarrão possui alcaloides, sendo o principal deles a cafeína: – Essas substâncias são responsáveis por eliminar o cansaço físico e mental, a fadiga.
Pedro José Schwengber, diretor da ONG Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires, defende que a bebida tem inúmeros benefícios e acrescenta que a erva-mate contém quase todas as vitaminas necessárias ao organismo: B1, B2, B6, C, E e D, além de sais minerais como ferro, fósforo, potássio e manganês.
– Ela é altamente digestiva. Não existe nada mais digestivo do que a erva-mate, que também é diurética – destaca Schwengber, lembrando que o mate ainda contém flavonoides, mesma substância encontrada no vinho e que auxilia no combate aos radicais livres.
A bebida típica dos gaúchos ainda tem outros benefícios cientificamente comprovados, conforme revela o endocrinologista Mateus Dornelles Severo, médico do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Um deles é a ação vasodilatadora e hipolipemiante, ou seja, com potencial para redução dos níveis de colesterol, que, por consequência, colabora na prevenção de doenças cardíacas e vasculares. Também são benéficos a ação antioxidante, anti-inflamatória e antimutagênica, que ajudam na prevenção do envelhecimento celular. Segundo o médico, há estudos que sugerem efeito positivo enquanto auxiliar na redução do peso.
A erva-mate ainda é rica em estimulantes e funciona tão bem quanto o café ou o chá verde. Schwengber, que é um defensor dos benefícios do chimarrão, lembra que no Rio Grande do Sul o gaúcho costuma consumir mais carne na dieta, e que o chimarrão é um aliado na eliminação do excesso de gorduras presentes nesse alimento.
– O chá verde é o chá mais consumido do mundo e foi descoberto pelos chineses há mais de 4 mil anos. E as propriedades encontradas no chá verde, como os flavonoides, estão presentes no chimarrão também – compara.
Benefícios não são para todos
Apesar da grande lista de benefícios, há quem precise evitar ou limitar o consumo do chimarrão, que também tem contraindicações. Os especialistas ainda alertam: o chimarrão não hidrata e não substitui a água. De acordo com a nutricionista Maristela Resch Lopes, o consumo ideal é de seis a, no máximo, 10 cuias por dia.
– Beber em excesso pode causar queda da taxa de glicose. A bebida deve ser evitada por hipertensos e pessoas que são sensíveis a algum dos componentes da erva-mate também devem evitá-la – aconselha a especialista. O endocrinologista Mateus Dornelles Severo lembra que, por ser uma bebida cafeinada, algumas pessoas com sintomas de ansiedade, enxaqueca ou de refluxo gastroesofágico podem não se sentir bem com o consumo.
Para o médico, não há uma quantidade ideal indicada, mas ele lembra que estudos que observaram o consumo de um a dois litros por dia não evidenciaram problemas. Outro cuidado importante é com relação à temperatura da água. A nutricionista lembra que a água muito quente pode provocar lesões na parte interna da boca e da garganta, o que contribui para o aparecimento de tumores no esôfago. A temperatura ideal é de no máximo 70ºC. A alta temperatura da água ainda pode lesionar as papilas gustativas da língua, causando perda parcial do paladar, acrescenta a nutricionista.
Apesar de o Rio Grande do Sul liderar os casos de câncer de esôfago no país, os especialistas têm dúvidas se os índices estão diretamente ligados com o consumo da bebida.
– Alguns estudos evidenciaram aumento no risco de câncer com o consumo do chimarrão. Contudo, fatores confusos dizem a erva-mate parece não ser o real culpado. A temperatura muito alta, consumo do chimarrão associado ao tabagismo e a secagem da erva na indústria através de defumação, processo cada vez menos utilizado, são os prováveis culpados – explica Severo.
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