Hoje, não resta mais dúvida de que a obesidade é uma questão de saúde pública ao redor do mundo. No Brasil, os números são alarmantes.
Atualmente, são 41 milhões de brasileiros adultos obesos, o que equivale a 26% da população. Entre 2003 e 2019, esse número mais que dobrou e infelizmente deve continuar crescendo.
É o que mostra a pesquisa da World Obesity Federation, divulgada em março deste ano. Conforme os dados, a previsão é de que, em 2030, sejam 53 milhões de brasileiros com obesidade, ou seja, 34% da população.
O estudo apontou ainda que 2,8 milhões de pessoas morrem todo ano por conta do excesso de peso e da obesidade.
Por isso, preparamos este conteúdo para alertar sobre os perigos da obesidade, as doenças atreladas ao excesso de peso e como é possível evitar esse mal. Para conferir todas as informações, acompanhe o artigo!
O que é obesidade?
Considerada uma verdadeira epidemia, a obesidade é um dos desafios enfrentados pela sociedade contemporânea, indo muito além de uma questão puramente estética ou de preconceito.
Para avaliar se o peso de uma pessoa é um fator de risco para a saúde e bem-estar dela, existem duas maneiras bastante utilizadas.
A primeira, e mais conhecida, é por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
O IMC calcula a relação entre o peso e a altura de uma pessoa, mostrando se a relação entre eles está adequada.
Dessa forma, pode ser feito o diagnóstico da obesidade. Trata-se de um cálculo simples, no qual basta dividir o peso pelo quadrado da altura, conforme a seguinte fórmula: IMC = peso (em quilos) ÷ altura² (em metros).
Valores de referência do IMC:
Baixo peso: IMC menor que 18,5 kg/m²
Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m²
Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9 kg/m²
Obesidade grau I: IMC entre 30 e 34,9 kg/m²
Obesidade grau II: IMC entre 35 e 39,9 kg/m²
Obesidade mórbida: IMC maior que 40 kg/m²
Ou seja, uma pessoa já é considerada obesa quando o resultado do seu IMC se encontra entre 30 e 34,9 kg/m².
O pior grau de obesidade é a mórbida, quando o IMC é maior de 40 kg/m². A seguir, veja um exemplo de obesidade grau II:
Peso: 100 kg
Altura: 1,62 m
IMC = 100 kg ÷ 2,62 (1,62 m x 1,62 m) = 38,16 kg/m²
A segunda maneira de se diagnosticar a obesidade é por meio da análise da relação entre o comprimento da cintura e do quadril.
Essa avaliação pode ser feita por médicos de especialidades como endocrinologia e nutrologia, além de nutricionistas.
Realizada em pacientes que apresentam IMC acima de 25 kg/m², sinaliza a chamada “obesidade central”, uma forma de obesidade associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Quais as doenças atreladas à obesidade?
São várias as consequências nocivas da obesidade, já que estamos falando de uma condição que tende a desencadear diversas outras enfermidades por comprometer a saúde do corpo como um todo.
Alguns exemplos são problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão, varizes, artrite, doenças renais, dificuldade respiratória, fadiga, queda na imunidade, menor expectativa de vida e baixa autoestima.
Agora, conheça mais sobre os principais doenças atreladas à obesidade:
Pressão alta
A hipertensão é um grande fator de risco da obesidade, sendo um verdadeiro perigo pelo fato de afetar o funcionamento dos vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e rins.
Quando não tratada, a pressão alta pode levar a graves cenários como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Colesterol alto
A pessoa obesa geralmente apresenta altos níveis de colesterol no sangue, o que significa que há gordura acumulada nas artérias, que, congestionadas, prejudicam a circulação do sangue e provocam a aterosclerose (dificuldade do transporte de oxigênio e nutrientes do coração para o corpo), capaz de provocar infartos, derrames e morte súbita.
Diabetes
O desenvolvimento de diabetes tipo 2 está fortemente relacionado à existência da obesidade, sendo a associação chamada de diabesidade.
A doença se caracteriza como a falta ou produção insuficiente de insulina, hormônio responsável por levar o açúcar às células.
Um paciente com esse quadro enfrenta dificuldade de cicatrização, perda de sensibilidade da pele e insuficiência de órgãos.
Câncer
O desenvolvimento de diversos tipos de câncer é outro dos perigos da obesidade. Para termos uma ideia, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados todos os anos cerca de 15 mil casos de câncer relacionados ao sobrepeso.
Em mulheres obesas, sabe-se que o risco de câncer de mama é maior.
Articulações
Outra parte do corpo que fica prejudicada com a obesidade são as articulações.
Os problemas articulares geralmente começam com dificuldades para levantar pesos e agachar, podendo se agravar e evoluir para doenças como artrite e artrose, as quais afetam o quadril, os joelhos e a própria coluna.
Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é outro dos malefícios da obesidade, sendo mais comum em homens. Conhecida por desencadear breves e repetidas interrupções da respiração durante o sono, pode provocar desde roncos altos até morte por asfixia.
Hábitos que previnem a obesidade
A obesidade é uma doença que exige tratamento para trazer não apenas saúde, mas mais qualidade de vida para quem sofre com ela.
Para superá-la, é fundamental mudar hábitos de vida, especialmente quando o assunto é alimentação.
Abaixo, confira dicas de hábitos que previnem a obesidade:
1. Coma comida de verdade
Ao escolher o que comer, opte por alimentos como arroz, feijão, carnes magras (frango e peixe), verduras, legumes, frutas, grãos e cereais.
Diga não aos industrializados, que contêm altas quantidades de açúcar, gordura, sódio e aromatizantes.
2. Escolha hábitos saudáveis
Hábitos nocivos como fumar, álcool em excesso e sedentarismo não trazem benefício algum.
É possível começar com pequenas atitudes como usar as escadas em vez do elevador, fazer trajetos a pé e procurar hobbies novos que movimentam o corpo.
3. Tome água
Para não confundir fome com desidratação, deve-se beber, em média, de oito a dez copos de água por dia.
A água pura desintoxica as impurezas do nosso corpo, melhora a digestão e ainda ajuda na perda de peso.
4. Durma bem
Muitos não sabem, mas o sono influencia as células neuroendócrinas, o que significa que a falta de boas noites de sono pode prejudicar os hormônios relacionados ao apetite, levando ao excesso de fome e a consequente obesidade.
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Fonte: Círculo Saúde