A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrair este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos.
As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres.
Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas nos transmissores.
No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).
A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado.
Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.
Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação.
Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d’água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascem larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados.
O primeiro passo para tratar a febre amarela direito é, assim que surgirem os sinais, buscar apoio médico.
Os especialistas vão usar remédios para controlar os sintomas e, em casos graves, internar o paciente em UTIs, onde é possível contornar melhor as complicações enquanto o corpo enfrenta o vírus.
Portanto, não há um medicamento antiviral específico para o vírus transmissor da febre amarela. Se a temperatura corporal sobe demais, o expert pode receitar um antitérmico.
Se as dores ficam intensas, os analgésicos costumam entrar em cena. E por aí vai. Há inclusive pessoas que pegam febre amarela e nem percebem: o organismo dá conta do recado sem sequer manifestar sintomas acentuados.
Uma coisa bem importante é se manter hidratado e repousar. E, acima de tudo, procurar um hospital o quanto antes.
O tratamento fica mais complexo diante dos 15% de casos graves, que muitas vezes vêm acompanhados de icterícia, aquela coloração amarelada da pele e dos olhos.
Nessa fase, o risco de hemorragias internas e falência de órgãos (rins, fígado…) põe a taxa de letalidade entre 20 e 50%.
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Fontes: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos e Exame Abril