A osteoporose é uma doença que vem preocupando a população, principalmente mulheres. De acordo com dados da International Osteoporosis Foundation (IOF), uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura devido à fragilidade óssea.
A Dra. Adriana Orcesi, que preside a Comissão Especializada em Osteoporose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), enfatiza que essa condição ocorre devido a uma série de fatores, com destaque para as alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa, quando a produção de esteroides sexuais pelos ovários.
O hipoestrogenismo resultante provoca um aumento no número e na vida útil dos osteoclastos, sendo responsáveis pela reabsorção óssea, levando a uma maior perda de massa óssea e aumentando a predisposição à osteoporose e às fraturas por fragilidade.
“A doença é uma condição osteometabólica sistêmica que se caracteriza pela diminuição da densidade óssea e da qualidade do osso. Sua manifestação mais grave é a ocorrência de fraturas por fragilidade, sobretudo no antebraço, coluna e quadril.
Fatores genéticos, falta de atividade física, e deficiências de cálcio e vitamina D são os principais contribuintes para o desenvolvimento da osteoporose. É fundamental ressaltar que a formação óssea é influenciada por hormônios como estrogênio, hormônio de crescimento e hormônios tireoidianos”, destaca a médica.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce e a identificação dos fatores de risco são de extrema importância no contexto da osteoporose. Quando apropriado, a realização da densitometria óssea é fundamental. Para aprimorar a detecção de pessoas com risco de fraturas, foram desenvolvidas ferramentas clínicas adicionais que incorporam idade, gênero e fatores de risco para calcular a probabilidade de ocorrência de fraturas.
A Dra. Adriana explica: “O cálculo da probabilidade de fratura é adaptado para diferentes países e tem demonstrado ser eficaz na identificação de pacientes de risco, os quais devem ser encaminhados para a realização de densitometria ou para tratamento. É importante destacar que o FRAX tem a função principal de auxiliar, não substituir ou sobrepor-se ao julgamento clínico do médico na decisão terapêutica.”
As principais indicações para realizar densitometria óssea são:
- Mulheres com idade ≥ 65 anos ou homens com idade ≥70 anos;
- Mulheres na pós-menopausa < 65 anos e homens (50 a 70 anos) com fatores de risco;
- Adultos com fraturas de fragilidade;
- Adultos com doença ou condição associada a perda de massa óssea;
- Adultos em uso de medicações associadas com baixa massa óssea ou perda óssea;
- Pacientes onde a terapia farmacológica esteja sendo considerada;
- Pacientes em tratamento, a fim de monitorar a eficácia da terapêutica.
- Uma vez diagnosticada, há uma variedade de tratamentos medicamentosos eficazes que deverão ser individualizados e contínuos.
Tratamento
O ginecologista e o obstetra desempenham um papel crucial na promoção da saúde óssea em fases específicas da vida da mulher, assumindo um papel determinante no diagnóstico, prevenção e tratamento da osteoporose. O tratamento envolve orientações nutricionais para o consumo de alimentos ricos em cálcio ou suplementação, segundo as com as diretrizes dietéticas. “A avaliação e suplementação de vitamina D são indicadas quando necessárias, especialmente em pessoas de alto risco e naqueles sob tratamento farmacológico para osteoporose.
A atividade física deve ser realizada de maneira persistente e progressiva, respeitando as capacidades motoras e cardiovasculares dos pacientes. Medidas importantes incluem orientações para evitar hábitos prejudiciais à saúde óssea, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, bem como a prevenção de quedas”, frisa a Doutora.
Em pacientes com alto risco de fratura, além das medidas mencionadas, o tratamento farmacológico com agentes anti reabsortivos é eficaz na redução da probabilidade de fraturas. É relevante mencionar que a terapia hormonal pós-menopausa, quando não há contraindicações, preserva a saúde óssea, reduzindo a perda de massa óssea durante o climatério e desempenha um papel importante na prevenção de fraturas por fragilidade óssea.
No âmbito da abordagem multidisciplinar da osteoporose, o ginecologista acompanha a mulher em todas as fases de sua vida e desempenha um papel fundamental na detecção, prevenção e tratamento oportuno dessa doença.
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Fonte: FEBRASGO